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27 de fevereiro de 2013

Há coisas que Deus não pode

Texto: Gênesis 18:1-16

Não devemos rir, nem duvidar de quando o Senhor diz que fará coisas. Isso seria zombar da Sua fidelidade e tornar a verdade de Deus em engano. Por mais improvável que pareça devemos confiar, não porque coisas improváveis costumam acontecer com certa frequência na ordem das coisas, mas porque o Senhor o disse!

Abraão, com toda a hospitalidade, se esforça para que os varões que lhe apareceram permaneçam com ele. Nunca deve-se desperdiçar a visita do Senhor em nossa casa! um banquete foi preparado por Abraão: enquanto Sara está na tenda fazendo bolos (Gn. 18:6), um moço se apressa em preparar a vitela (Gn. 18:7). Depois de comerem, Abraão ouve do Senhor: "certamente tornarei a ti (...)" (vv.10a). Uma boa recepção faz com que visitantes ilustres retornem. Abraão entendeu isso. E o Senhor disse que retornaria com um presente, uma surpresa: "(...) tornarei a ti por este tempo de vida; e eis que Sara, tua mulher, terá um filho" (vv.10b). Agora, há um dilema na história: enquanto Abraão creu, Sara riu.

Abraão se esforça para bem receber os três varões, onde um deles era o próprio Senhor, mas Sara, ao contrário de Abraão, é indelicada com as mui dignas visitas. Sara comete dois pecados: 1º - duvida da fidelidade de Deus quando ri da promessa (Gn. 18:12). Abraão trabalha para bem recebê-los e Sara, na sua primeira oportunidade, desonra o caráter de Deus. Paulo diz que Deus é fiel porque não pode negar-se a si mesmo (2 Tm. 2:13). Fidelidade define o caráter sacrossanto de Deus. Deus tem um alto compromisso com o que fala. Ele vela sobre a sua palavra para a cumprir (Jr. 1:11). Sara, por ter uma péssima teologia, estava desonrando o caráter do Deus Eterno. Mas ela não para por aí.

O Senhor questiona a Abraão o porquê do riso de Sara (Gn. 18:13). "Não entendi o riso de sua esposa, Abraão. Acaso ela pensa que eu não posso fazer o que disse?" (vv. 13, 14a) e então o Senhor reafirma a Sua promessa: "ao tempo determinado, tornarei a ti por este tempo de vida, e Sara terá um filho" (Gn. 18:14). A essa altura, Sara deveria ter se arrependido de seu riso debochado e infame e aprendido a lição, mas ela comete um segundo pecado, mais uma vez contra o caráter de Deus. "E Sara negou, dizendo: não me ri, porquanto temeu. E Ele disse: não digas isso, porque te riste" (Gn. 18:15). Sara não conhece a Deus, tem uma péssima teologia - uma das piores, em toda a Bíblia - e pensa que Deus é um moleque, alguém igual a ela. Primeiro, ofende a Deus dizendo com um risinho cínico que Ele não é fiel e agora o desonra dizendo que ele é um mentiroso. Sara coloca Deus em xeque: "você não é tão poderoso, capaz de me dar um filho, nem sabedor de tudo, capaz de saber se ri ou não, estando tu aqui e eu, dentro da tenda".

Há duas coisas que Paulo diz que Deus NÃO PODE: Por ser fiel, NÃO PODE negar a si mesmo, como dito acima (2 Tm. 2:13) e a outra coisa está em Tito 1:2: "em esperança da vida eterna, a qual Deus, que não pode mentir, prometeu antes dos tempos dos séculos". Paulo aqui atrela a fidelidade e a verdade de Deus. Deus NÃO PODE mentir porque isso seria negar o que Ele é, por toda a eternidade: o Deus de toda a verdade. Jesus afirmou ser a verdade (Jo. 14:6) e no Apocalipse ele é chamado de A Testemunha fiel e Verdadeira (Ap. 3:14). Fiel e verdadeiro é o que Deus é, por toda a eternidade. Sara não entendia isso, mas era incrédula, descrente e ignorante acerca do caráter de Deus.

Muitas vezes somos incrédulos porque desconhecemos a Deus. O que Deus faz é expressão de quem Ele é. Se Ele cumpre o que promete é porque Ele é fiel. Se o que disse aconteceu é porque sua Palavra é a verdade. Não é que Deus seja refém da sua própria vontade, mas porque Ele tem um alto compromisso com a glória do Seu nome e com a honra do seu Ser, logo, tudo o que promete cumpre, até mesmo o assassinato de Seu filho, prometido desde antes da fundação do mundo (Ap. 13:8).
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20 de fevereiro de 2013

Tá vendo aquela reta?


por Cleison Brugger

Um devocional

"E o Anjo do Senhor a achou junto a uma fonte de água no deserto, junto à fonte no caminho de Sur. E disse: Agar, serva de Sarai, de onde vens e para onde vais? E ela disse: venho fugida da face de Sarai, minha senhora" (Gn. 16: 7,8)

Frequentemente nas Escrituras, veremos o Senhor fazendo perguntas. Não que Ele não saiba a resposta. Não que Ele não esteja inteirado - e coordenando - todas as coisas, mas porque Ele quer ouvir o que temos a dizer. Ele já sabe que é uma queixa, um lamento, mas mesmo assim Ele quer ouvir. O Senhor perguntou a Agar: "de onde vens?" (vv.7a) e ela respondeu: "venho fugida da face de Sarai, minha senhora" (vv.7b) "É de lá que venho. Cheguei no deserto debaixo de opressão e desprezo". Mas há a outra parte da pergunta: "para onde vais?" (vv.7a). Essa parte Agar não respondeu. Talvez porque não sabia para onde ia. Não tinha rumo. Não podia responder a pergunta. E o Senhor sabia disso. E por isso Ele mesmo traça um rumo para ela, dizendo: "tá vendo aquela reta?", então, "torna-te para tua senhora e humilha-te debaixo de suas mãos" (Gn. 16:9).

Isso foi verdade também com o grande profeta Elias. No auge do seu ministério, ele entrou em profunda tristeza e aflição. Porém, o Senhor se chega a ele e pergunta: "que fazes aqui, Elias?" (I Rs. 19:13c). Em outras palavras, "como você veio parar aqui?" No que ele responde: "tenho sido extremamente zeloso pelo Senhor, Deus dos Exércitos, porque os filhos de Israel deixaram o teu concerto, derribaram os teus altares e mataram os teus profetas à espada; só eu fiquei, e agora querem me matar" (I Rs. 19:14). Elias, tal como Agar, estava alí por estar triste e aflito e, pelas suas palavras, não estava muito disposto a sair. Dessa vez o Senhor não pergunta "para onde vais?" como perguntou a Agar, simplesmente porque Ele já tinha um rumo certo para Elias. E o rumo era: "tá vendo aquela reta?", então, "vai, volta pelo teu caminho, para o deserto de Damasco" (I Rs. 19:15a).

Isso me faz lembrar a igreja de Éfeso. Igreja antiga, paciente, labutante, consistentemente doutrinária, mas que, em um certo momento, perdeu o primeiro amor (Ap. 2:4). Dessa vez, a pergunta é implícita: "como vieste até aqui? como chegaste a este ponto?" Talvez o muito fazer tenha feito de Éfeso uma igreja técnica demais, uma noiva profissionalizada. Mas o convite feito a igreja efésia é o mesmo que o Senhor fez a Agar e a Elias. Ele disse: "tá vendo aquela reta?", então, "lembra-te, pois, de onde caíste, arrepende-te, e volta a prática das primeiras obras" (Ap. 2:5).

Há momentos que o Senhor nos faz perguntas como fez a eles: "para onde vens e para onde vais? como chegaste até aqui?" e nós até respondemos, cabisbaixos, como conseguimos a proeza de estragar tudo e fracassar, como o que achávamos que teria êxito não teve sucesso, como estamos frustrados, tristes e aflitos. Mas, na verdade, não conseguimos responder a outra parte da pergunta: "para onde vais?", simplesmente porque não sabemos para onde ir. Estamos estagnados. E a resposta de Deus para nós é a mesma que Ele deu a eles: "tá vendo aquela reta?", então, filho, filha, volta. Volta e humilha-te como Agar, volta e arrepende-te como Éfeso, volta e unge o teu moço como Elias. Volta pelo caminho em que vieste. Só não fique aí! Meu convite é para que você saia; na verdade, para que você volte. Ele não se preocupa se você não tem uma ideia de pra onde ir. Ele já tem um caminho traçado para você. Somente obedeça, pegue a reta e volte confiante. 
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