Texto: Gênesis 18:1-16
Não devemos rir, nem duvidar de quando o Senhor diz que fará coisas. Isso seria zombar da Sua fidelidade e tornar a verdade de Deus em engano. Por mais improvável que pareça devemos confiar, não porque coisas improváveis costumam acontecer com certa frequência na ordem das coisas, mas porque o Senhor o disse!
Abraão, com toda a hospitalidade, se esforça para que os varões que lhe apareceram permaneçam com ele. Nunca deve-se desperdiçar a visita do Senhor em nossa casa! um banquete foi preparado por Abraão: enquanto Sara está na tenda fazendo bolos (Gn. 18:6), um moço se apressa em preparar a vitela (Gn. 18:7). Depois de comerem, Abraão ouve do Senhor: "certamente tornarei a ti (...)" (vv.10a). Uma boa recepção faz com que visitantes ilustres retornem. Abraão entendeu isso. E o Senhor disse que retornaria com um presente, uma surpresa: "(...) tornarei a ti por este tempo de vida; e eis que Sara, tua mulher, terá um filho" (vv.10b). Agora, há um dilema na história: enquanto Abraão creu, Sara riu.
Abraão se esforça para bem receber os três varões, onde um deles era o próprio Senhor, mas Sara, ao contrário de Abraão, é indelicada com as mui dignas visitas. Sara comete dois pecados: 1º - duvida da fidelidade de Deus quando ri da promessa (Gn. 18:12). Abraão trabalha para bem recebê-los e Sara, na sua primeira oportunidade, desonra o caráter de Deus. Paulo diz que Deus é fiel porque não pode negar-se a si mesmo (2 Tm. 2:13). Fidelidade define o caráter sacrossanto de Deus. Deus tem um alto compromisso com o que fala. Ele vela sobre a sua palavra para a cumprir (Jr. 1:11). Sara, por ter uma péssima teologia, estava desonrando o caráter do Deus Eterno. Mas ela não para por aí.
O Senhor questiona a Abraão o porquê do riso de Sara (Gn. 18:13). "Não entendi o riso de sua esposa, Abraão. Acaso ela pensa que eu não posso fazer o que disse?" (vv. 13, 14a) e então o Senhor reafirma a Sua promessa: "ao tempo determinado, tornarei a ti por este tempo de vida, e Sara terá um filho" (Gn. 18:14). A essa altura, Sara deveria ter se arrependido de seu riso debochado e infame e aprendido a lição, mas ela comete um segundo pecado, mais uma vez contra o caráter de Deus. "E Sara negou, dizendo: não me ri, porquanto temeu. E Ele disse: não digas isso, porque te riste" (Gn. 18:15). Sara não conhece a Deus, tem uma péssima teologia - uma das piores, em toda a Bíblia - e pensa que Deus é um moleque, alguém igual a ela. Primeiro, ofende a Deus dizendo com um risinho cínico que Ele não é fiel e agora o desonra dizendo que ele é um mentiroso. Sara coloca Deus em xeque: "você não é tão poderoso, capaz de me dar um filho, nem sabedor de tudo, capaz de saber se ri ou não, estando tu aqui e eu, dentro da tenda".
Há duas coisas que Paulo diz que Deus NÃO PODE: Por ser fiel, NÃO PODE negar a si mesmo, como dito acima (2 Tm. 2:13) e a outra coisa está em Tito 1:2: "em esperança da vida eterna, a qual Deus, que não pode mentir, prometeu antes dos tempos dos séculos". Paulo aqui atrela a fidelidade e a verdade de Deus. Deus NÃO PODE mentir porque isso seria negar o que Ele é, por toda a eternidade: o Deus de toda a verdade. Jesus afirmou ser a verdade (Jo. 14:6) e no Apocalipse ele é chamado de A Testemunha fiel e Verdadeira (Ap. 3:14). Fiel e verdadeiro é o que Deus é, por toda a eternidade. Sara não entendia isso, mas era incrédula, descrente e ignorante acerca do caráter de Deus.
Muitas vezes somos incrédulos porque desconhecemos a Deus. O que Deus faz é expressão de quem Ele é. Se Ele cumpre o que promete é porque Ele é fiel. Se o que disse aconteceu é porque sua Palavra é a verdade. Não é que Deus seja refém da sua própria vontade, mas porque Ele tem um alto compromisso com a glória do Seu nome e com a honra do seu Ser, logo, tudo o que promete cumpre, até mesmo o assassinato de Seu filho, prometido desde antes da fundação do mundo (Ap. 13:8).
0 comentários:
Postar um comentário