Pesquisar

6 de janeiro de 2014

Amor à Vida e a analogia ao Evangelho

por Cleison Brugger
Confesso que não vejo novela. Aquilo de parar e acompanhar uma, do início ao fim. Mas as circunstâncias me levam a ter que conviver com elas, de alguma forma. Em todo lugar, alguém acompanha por mim. E como toda novela da Globo, a trama de "Amor à Vida" tem prendido a atenção de muita gente, e ela tem me chamado a atenção também por um motivo, e eu digo o porquê.

Por hora, digo que
Walcyr Carrasco não precisava apelar tanto a fim de inserir na trama um elenco pseudo-evangélico e uma pseudo-igreja. Nem o Kleber Lucas precisava se vender para cantar num pseudo-culto de ceia, profanando uma das mais sacras celebrações da religião cristã. A novela tem mostrado mostrado o evangelho de outra forma.

Pode ser que, depois de ter lido "As Crônicas de Nárnia", eu tenha adquirido alguma sensibilidade de ver o evangelho nas coisas, e olhando para a novela, eu também o encontro ali. Não ele propriamente dito, mas uma analogia a ele. O personagem Félix, contracenado pelo ator Mateus Solano, aprontou poucas e boas. Fez maldades além da medida. Foi tão longe que qualquer pessoa o taxaria de imoral e insano. E depois de ter perdido tudo e ser "convidado a sair" de casa, se encontrou no fundo do poço, sem merecer qualquer tipo de misericórdia. Ainda assim, um amor generoso (o que a Bíblia chama de caridade) o acolheu. O acolheu mesmo o conhecendo e sabendo de tudo o que ele tinha feito. A personagem Márcia, contracenada pela atriz
Elizabeth Savalla, o levou para sua casa e o sustentou. deu-lhe um lar, um trabalho, um teto. Não era luxuoso como antes, mas o necessário para tocar a vida. E aquele gesto de amor - cujo qual ele sabia que não merecia! - fez com que ele, por assim dizer, fosse tranformado numa nova pessoa. Ele ainda sente que é mal, mas pede perdão as pessoas que ele ofendeu e traiu. E ele é grato, muito grato pela personagem Márcia que o acolheu, e faz questão de dizer que sua mudança veio em detrimento daquele gesto. Um gesto de amor que o conquistou de tal forma, que a sua vida foi "transformada".

O que quero dizer? que o mundo anseia pelo Evangelho! o mundo está cheio de pessoas abandonadas pela família, à mercê da sociedade, pessoas que sentem profundamente que não são dignas de misericórdia. A culpa, muito embora seja tratada na pós-modernidade como uma neurose (isso por Freud reinar em nosso tempo!), ela ainda é um problema. A consciência grita que somos maus! Quem em certa medida, carecemos de perdão e reconciliação com alguém e com nós mesmos. Há algo de errado com o nosso modus operandi  porque fazemos e fazemos e parece que nunca alcançamos a medida. Em suma, precisamos profundamente de algo! O que será?
O que a trama tem encenado é nada mais do que o Evangelho, onde Cristo nos recebe mesmo sabendo quem somos, o que fazemos e por onde andamos. Mesmo tendo acesso aos nossos pensamentos e a situação de nossa miséria. E ainda assim, nos chama de filhos, nos faz sentar em sua mesa e nos dá uma nova identidade. Sabendo que estamos debaixo da ira de Deus em razão de tudo o que fizemos, ele mesmo vai ao Pai e garante o nosso perdão, mesmo sabendo que a condição para tal deveria ser nos substituir numa morte sangrenta, vergonhosa e dolorosa. E quando olhamos para este ato de miseriórdia nós somos "constrangidos pelo seu amor" (2 Co. 5:14). Esse amor nos leva a entender a graça, aquilo que é feito mesmo sem merecermos, onde Cristo morre por nós sendo nós ainda pecadores (Rm. 5:8). Eu somente sou aceito porque ele morre.
 O amor generoso da Márcia recebe sem olhar para o que o Félix fez, e o amor de Cristo faz, em suma, a mesma coisa. Ele toma o que é nosso! Ele toma a nossa vergonha, o nosso estado de miséria, nossas fraquezas, desilusões, ódio e crava com ele na cruz. E nós caimos prostrados diante disso porque não merecemos tanto, e então, somos forçados graciosamente pelo Espírito a mudar. O amor de Cristo não só constrange como transforma. Quem prova dele nunca mais é o mesmo. Paulo escreve que o amor de Cristo nos constrange (II Co. 5:14) e no mesmo contexto acrescenta: "E ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou (...) Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram, eis que tudo se fez novo (II Co. 5: 15, 17).
Eu creio que a soberania de Deus usa mal para bem, e faz com que uma novela tão imoral seja usada como uma analogia ao evangelho.
E ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou.
Assim que daqui por diante a ninguém conhecemos segundo a carne, e, ainda que também tenhamos conhecido Cristo segundo a carne, contudo agora já não o conhecemos deste modo.
Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo.

2 Coríntios 5:15-17
E ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou.
2 Coríntios 5:15
E ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou.
2 Coríntios 5:15
E ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou.
2 Coríntios 5:15
E ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou.
2 Coríntios 5:15

0 comentários:

Postar um comentário

 
Copyright 2009 Cleison Brügger | BLOG. Powered by Blogger Blogger Templates create by Deluxe Templates. WP by Masterplan