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15 de agosto de 2012

Porque é errado o relacionamento de uma cristã com um não-cristão?

A regra vale para ambos, mas destaco as mulheres por serem mais afetuosas e suscetíveis a frustrações num relacionamento. Assim, se quiser evitar futuras frustrações, evite ter um relacionamento com um não-cristão, e eu explico o porquê. Paulo, em 1Co. 7: 1-16 vai tratar sobre o celibato dos solteiros e viúvos e sobre o casamento de uma pessoa cristã com uma não-cristã. Neste segundo assunto, ele vai falar da dificuldade que há em manter um relacionamento onde uma das partes não serve a Cristo. Paulo recomenda aos que estiverem neste tipo de relacionamento que, caso o inconverso aceite a fé do parceiro, que permaneçam juntos, mas caso não aceite, que se separem (1Co. 7:13-15). Isso é o que o próprio apóstolo chamará de "jugo desigual com os infiéis" (2Co. 6:14). Você já viu algo desigual? não se completa, não se encaixa, não interagem. Assim, apresento algumas razões do porquê um relacionamento com um não-cristão deve ser evitado. 

1) Não-crentes são complacentes com a Pornografia
A pornografia - e todo pecado sexual - é uma perversão daquilo que é bom e belo. Deus não fez o sexo para ser manipulado pelo homem como uma fonte de prazer onde a mulher é usada apenas como um meio para alcançar um fim. Ao contrário disto, o sexo intra-marital (dentro do casamento) foi planejado por Deus para ser santo, prazeroso e belo! "Venerado seja entre todos o matrimônio e o leito sem mácula; porém, aos que se dão à prostituição, e aos adúlteros, Deus os julgará" (Hb. 13:4). Não há manchas na relação sexual intra-marital, pois este foi santificado por Deus e abençoado por Deus no casamento. Sim, há cristãos envolvidos com pornografia. Eles sabem que isto é um pecado e sabem que o Senhor é o conhecedor de suas obras. Mas não crentes não tem esta visão. Para eles, pornografia é algo normal na vida. Mesmo casado, um não-cristão não entende que assistir pornografia é um tipo de adultério. Eles vêem isso como algo normal. Eles olham descaradamente para a mulher do próximo. Não há temor quando, numa roda de conversas, o assunto é obsceno, imoral  e lascivo.  Uma mulher qualquer diria: "meu parceiro é homem, deve pensar em coisas assim", mas uma mulher de Deus diria: "o homem ideal para mim é aquele que tem afeições santas e espirituais".

2) Não-crentes amam e aspiram outras coisas
"O homem cujo tesouro é o Senhor tem todas as coisas concentradas n'Ele" foi o que disse A.W. Tozer. Não-crentes amam muitas coisas, menos o Senhor. Não-crentes aspiram muitas coisas, menos o céu. Não há problemas em aspirar coisas boas, nem sou contra o amar o que é bom, mas a não-consciência de que Deus é o fim último de todas as coisas e usufruí-Lo e conhecê-Lo é melhor do que a vida é terrivelmente ruim. O problema está em colocar todo o coração naquilo que é inútil. C.S. Lewis disse que "tudo o que não é eterno, é eternamente inútil". Um bom marido é aquele cujo amor a esposa é menor comparado ao seu amor por Deus e cujas aspirações são eternas e divinas. Isso te dará um marido puro e santo. Isso não seria algo bom?

3) Não-crentes enxergam o moralismo com outros olhos
Os homens são moralmente responsáveis. E, por serem moralmente responsáveis, andam "na linha". Entretanto, em seu coração e mente (em seu interior) é concebido os mais terriveis tipos de pecados e imoralidades. Contudo, ainda assim, ele anda conforme a lei, pois não quer pagar por isso. Cristãos tem uma visão diferente quanto à moralidade, e é a visão da glória de Deus. Eles entendem que cumprir a lei não é uma questão de "fazer coisas", mas de amar. Porque amamos o Senhor, cumprimos a lei pois, em Cristo, somos feitos capazes de andar retamente, com caráter íntegro e ilibado, e isto recebemos em Cristo, na justificação. Sendo assim, tanto na vida pública quando na privada, o cristão é o mesmo e ele não nutre pecados ocultos, pois o mesmo Deus que ele ama ao ser moralmente correto é aquele que ele teme em sua privacidade.

4) Não-crentes são péssimos maridos pois possuem péssimos manuais
Muitas mulheres se queixam: "nenhum homem presta". E muitos homens se queixam: "eu não entendo as mulheres". E, na verdade, essas afirmações não se cunharam sob hipóteses: os fatos fizeram que elas tivessem sentido! entretanto, olhe para o ponto de vista bíblico sobre como o marido deve amar a sua esposa: "Maridos, amem suas mulheres, assim como Cristo amou a igreja e entregou-se a si mesmo por ela" (Efésios 5:25). Você faz ideia do que seja isso? "Como Cristo amou a igreja" está falando não de um amor como senso de dever, mas um amor volitivo, voluntário. Não um amor de aliançamento, mas um amor que dá peso, sentido e valor a aliança. E o melhor é que a Bíblia não está dando uma dica aos maridos; está dando uma ordem! você já provou do amor de Cristo por você? então, desperdiçará um marido que deve te amar como Cristo amou a igreja para ter um relacionamento com alguém que nem conhece ao Senhor? isso é loucura!

5) Cristãos são mais corajosos mesmo não escondendo qualquer tipo de arma na gaveta
Um verdadeiro cristão, que ama o evangelho de Cristo, dará a maior segurança que nenhum outro poderá proporcionar, pois o tal vive para Cristo, obedece às Escrituras e morre pelo seu Senhor, e se ele morre por alguém, ele então é alguém interessante de se casar. Um cristão não é um covarde! ele dá a sua própria vida por Cristo e se entrega sacrificialmente pelo próximo. 

6) Cristãos são bons pais
O padrão bíblico de paternidade é diferente do padrão da sociedade. O padrão bíblico tem como base e espectro a relação de Deus Pai e seu Filho Jesus. Um grande chamado que os homens têm é revelar a paternidade de Deus, e como Deus amou seu Filho, e como o Filho amou seu Pai. Nas Escrituras, há uma relação bela e harmoniosa entre o Pai e o Filho. 

O Pai ama ao Filho.” (João 3:35).

“O quer que faça o Pai, fará igual o Filho.” (João 5:19).

“E o Pai a ninguém julga, mas ao Filho confiou todo julgamento.” (João 5:22).

“Quem não honra o Filho não honra o Pai que o enviou.” (João 5:23).

“Assim como o Pai tem vida em si mesmo, também concedeu ao Filho ter vida em
si mesmo.” (João 5:26).

“A fim de que o Pai seja glorificado no Filho.” (João 14:13). 

Deus é o Pai do Filho unigênito, como também, é o Pai da adoção, trazendo pecadores à sua família. É neste senso de amor e misericórdia que os pais cristãos criam seus filhos. Eles são amados, perdoados, disciplinados, corrigidos, de acordo com as Escrituras, e não tendo como base seriados da TV. 

Eu poderia ficar aqui por um bom tempo falando sobre como é desarmonioso e estranho aos olhos das Escrituras um relacionamento entre um filho de Deus e um não-convertido. Desde o antigo testamento, há proibições claras dadas ao povo de Deus para que não houvessem estranhos no meio deles (relacionamento matrimonial com outros povos), e na linguagem do novo testamento, o melhor tipo de relacionamento é aquele que acontece "somente no Senhor" (1Co. 7:39), e para tanto, é necessário que ambos estejam em Cristo, a fim de que Cristo consuma a união que já está consumada nele.

Até mais,
Cleison Brügger.

PS.: trato no texto de cristãos verdadeiros, não de cristãos nominais.
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8 de agosto de 2012

O Senhor Jesus te ama


Um dia desses fui ao bairro de Santa Cruz, na cidade do Rio, também conhecido como "bairro imperial". É bem legal ver que existem várias ruas com nomes dos grandes personagens da família real, como Dom João VI, Pedro I e Princesa Isabel. Para cunho meramente informativo, o bairro de Santa Cruz - assim como a cidade de Petrópolis - serviu de residência à família real quando estava no Brasil. E, aproveitando o ensejo, aqui vai uma observação: seria interessante a prefeitura do Rio resgatar um pouco da história - que é bela e rica -  restaurando os antigos prédios do bairro que possuem os traços da arquitetura do século retrasado. Fui até lá porque iria fazer uma prova e, caminhando pela rua, avistei uma senhora - posso chamá-la de irmã - segurando alguns folhetos evangelísticos. Diferente do normal, ela não estava distribuindo mas segurando, esperando até que alguém pegasse um. Eu percebi aquilo enquanto andava em sua direção e, como sou legal (risos), passei por ela e peguei um folheto. E então ela disse: "o Senhor Jesus te ama".

E então aquela frase ficou. Ela colocou tudo tão certo numa frase só. Porque ela não disse "Deus te abençoe" ou "Jesus te ama" como todo mundo diz... agora, pego a condução para casa com uma frase martelando na cabeça. Bem, isso não é ruim. Acredite, não é! na verdade, frequentemente devemos ser lembrados do amor de Cristo. Muitos de nós não temos a dimensão completa do quanto Cristo nos amou. Precisamos orar como Paulo, a fim de que compreendamos "qual é a largura, e o comprimento, e a altura, e a profundidade e conhecer o amor de Cristo, que excede todo entendimento" para que sejamos "tomados de toda a plenitude de Deus” (Ef 3:18,19). Diariamente, precisamos ter a cruz e todo o seu sofrimento diante de nós. Uma das minhas birras com minha denominação é a total desvalorização da cruz. Nem em nossas fachadas, nem em nossos púlpitos a encontramos. Isso é sinal de que ela não é centro de nossa mensagem, conquanto fosse o centro da mensagem de Paulo (ICo 2:2). A cruz nos ajuda a ver o horror do pecado, como Cristo se fez maldição por nós, quão grande é o amor de Deus, quão perfectivo e salvífico é o sacrifício feito na cruz e como devemos viver uma vida santa, a partir do calvário. E essa deve ser uma imagem diária diante de nossos olhos, e um pensamento constante na nossa mente e no nosso coração.

A frase que aquela senhora me disse tem um sentido profundo: "O Senhor Jesus me ama". Ele exerce sobre mim sua graça e sua misericórdia, oferecendo a mim, volitivamente, o que não mereço e não dando a mim o que mereço, de fato e de verdade.  Uns dias atrás, eu lia Deuteronômio 21. Aprendi com Spurgeon que assim como em cada cidade da Inglaterra há uma estrada para Londres, em cada texto das Escrituras há uma estrada para Cristo. Então, eu lia procurando Cristo e, na verdade, não foi muito difícil encontrá-lo; Cristo estava explícito ali. Ficou ainda mais claro para mim quando uma amiga pediu para que eu explicasse para ela o mesmo texto que eu estava lendo. Cristocidência, acredito. Expus para ela Deuteronômio 21:18-21, que vai tratar acerca dos filhos desobedientes. A lei dizia que se alguém tivesse um filho rebelde e contumaz, que não obedecia à voz de seus pais, e mesmo se eles o castigassem, o filho não desse ouvidos, eles poderiam pegar o filho, levar aos anciãos da cidade, expor para os anciãos a situação de sua rebeldia e, então, os homens da cidade apedrejariam o filho impenitente, até que morresse. Me identifiquei com este filho; me encontrei no texto. Eu era - e sou! - aquele filho rebelde, desobediente a qualquer tipo de correção, que não aceita a disciplina de Deus e, vez após vez, estou me rebelando contra sua santidade. Mas vejo que embora eu seja esse filho impenitente, é outro quem recebe o castigo em meu lugar e, na verdade, o que recebeu o castigo era - e é - o completo oposto de quem eu sou. Ele honrou a seu Pai sendo obediente até o fim, cumpriu toda a lei e, mesmo assim, provou do castigo. "-Ei, este lugar nessa cruz horrivel é meu!", diria eu. "Não, filho, eu morri em seu lugar. Eu paguei o preço por você! você jamais poderia pagar o preço que paguei, e paguei este preço porque te amo", é o que diz Jesus. Somos constrangidos por este amor (IICo 5:14), de maneira tal que, agora, obedecer-lhe não é uma troca, ou uma forma de pagar o que ele fez (algo impossivel, ainda que você fizesse isso por duas eternidades!) ou um cumprimento do ditado "um lava a mão do outro". Nós obedecemos a Cristo pois somos constrangidos pelo seu amor. Este amor nos impele. Este amor pende o nosso coração para amar a Deus acima de todas as coisas. Este amor nos leva a amar. "O amor de Cristo nos constrange, porque estamos convencidos de que um morreu por todos; logo, todos morreram. E ele morreu por todos para que aqueles que vivem já não vivam mais para si mesmos, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou." (2Coríntios 5.14-15). Você entende isso?

Mas a realidade é que muitos querem um Jesus Salvador e nenhum Jesus Senhor. Querem ir para o céu, mas não querem abrir mão da direção de suas vidas. Embora afirmem nas canções na igreja que Jesus é Rei e Senhor, que ele seja lá, bem longe de mim! Mas a mulher - aliás, a irmã - que encontrei na rua foi bem clara  e concisa: "O SENHOR Jesus me ama". Pedro, em seu primeiro sermão, disse: "saiba, pois, com certeza, toda a casa de Israel que a esse Jesus, a quem vós crucificastes, Deus o fez Senhor e Cristo" (At 2:36). Ele é Senhor, pois o próprio Deus o constituiu assim! Ele é o Senhor de fato e por direito! Isso faz me lembrar dois textos das Escrituras. O primeiro deles é a fala de Jesus após sua ressurreição: "E, chegando-se Jesus, falou-lhes, dizendo: É-me dado todo o poder no céu e na terra" (Mt 28:18). Não uma parte, não um terço, nem seu senhorio é dividido. Tudo é dele! Abraham Kuyper acertou em cheio quando disse que "não há um centímetro deste universo acerca do qual Jesus Cristo não diga: 'É meu'". definitivamente, tudo é dEle e a direção, o senhorio, o comando e a soberania de nossa vida não é diferente. O segundo texto é um dos meu favoritos nas Escrituras: "Pelo que também Deus o exaltou soberanamente, e lhe deu o nome que é sobre todo nome; para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para glória de Deus Pai" (Fp 2:9-11). Ele é o Senhor! e quando eu sei que ele me amou e que ele é o Senhor, volto a um texto veterotestamentário para tentar explicar o que está na minha cabeça: "[...] se diligentemente guardardes todos estes mandamentos, que vos ordeno para os guardardes, amando ao SENHOR vosso Deus, andando em todos os seus caminhos, e a ele vos achegardes" (Dt 11:22). "Se diligentemente guardardes os mandamentos... amando". O verbo amar está no gerúndio, indicando algo que está acontecendo. Eu vou amando, e então eu guardo. E neste fluir, chego ao outro verso no gerúndio: "andando em todos os seus caminhos [...]". Colocando em ordem, o fato de andar em seus caminhos e de me achegar em sua presença, não é porque eu cumpro a lei ou coisa e tal, mas porque eu o amo. Porque eu amo, lhe obedeço. Porque um dia fui constrangido, e conquistado, e atraído, e arrebatado, posso dizer como Sulamita disse a seu marido: "eu sou do meu amado e o meu amado é meu!" (Ct 6:3). Oh, como quando amamos o  Senhor, obedecer-lhe e seguir-lhe se torna uma alegria incomparável! que o amor e a graça de Deus nos conduza a isto. 
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