Pesquisar

4 de dezembro de 2013

E Isaque "conheceu" Rebeca.. será?

 por Cleison Brugger

"Isaque conduziu-a até à tenda de Sara, mãe dele, e tomou a Rebeca, e esta lhe foi por mulher. Ele a amou; assim, foi Isaque consolado depois da morte de sua mãe” (Gn. 24:67)

Não, o texto não dá margem para o sexo fora do casamento. Se lermos atentamente o capítulo 24 do Gênesis, vamos ver que Isaque está mais do que casado com Rebeca. Abraão manda com que Eliézer vá buscar uma noiva para seu filho Isaque (Gn. 24: 2-4). Quando Eliézer se certifica que é Rebeca, ele lhe dá presentes - o que equivalia a uma aliança de noivado (Gn 24:22; 53), Rebeca é questionada: "irás tu com este varão?" (Gn. 24:58) o que equivale a pergunta "você aceita este tal Isaque como seu esposo?", ela responde que sim e então, recebe a bênção (Gn. 24:58). Tanto é que no encontro com Isaque, a noiva Rebeca está de véu (Gn. 24:65). Não se questiona o porquê Isaque conheceu Rebeca. Eles eram casados, poderiam proceder assim. A pergunta é: que tipo de conhecimento Isaque precisava realmente ter?


O problema é que Isaque priorizou a intimidade com uma pessoa que ele conhecia pouco, muito pouco. Rebeca era bela. O mais belo manequim da região. Mas como diz o ditado, "quem vê cara não vê coração". Esse é o problema. Isaque estava abalado e precisava ser consolado pois três anos antes sua querida mãe tinha morrido. Rebeca serviu a este propósito deitando-se com Isaque. Eles se conheceram sexualmente. Mas não se conheciam nada relacionalmente. Tudo vai muito bem neste casamento, até que os filhos chegam! e então, Rebeca revela quem ela realmente é.

Na verdade, Rebeca revela ser uma pessoa que Isaque não conhecia. Isaque conhecia o seu corpo, mas não seu coração. O irmão de Rebeca, Labão, mais à frente, enganará a Jacó, seu filho. Ele é traiçoeiro. Malandro. Ele sabe manipular. E Rebeca não é diferente. Com o mesmo Jacó, ela arma toda uma cena para que seu filho preferido leve a melhor. Ela encoraja Jacó a enganar Isaque, seu pai. Ele rouba a autoridade. Ela, na verdade, é autoritária. Sem o consentimento do líder da casa, ela diz: "Agora, pois, meu filho, ouve A MINHA voz: levanta-te a acolhe-te a Labão, meu irmão, em Harã" (Gn. 27:43). Ao invés de apresentar aquele impasse ao líder da casa, ela simplesmente dá as cartas, levantando a voz e pisando na liderança de seu esposo. Tudo isso porque Isaque a conheceu intimamente, mas não a conheceu de forma honesta a respeito de sua pessoa e caráter. A ausência de Betuel, pai de Labão e Rebeca, fizeram deles dois irmãos mimados cujas vontades sempre foram feitas. Agora, eles são adultos autoritários e enganadores. Rebeca não sabe o que é estar debaixo de uma liderança. Mas ela sabe liderar! e o pior: ela lidera uma divisão em sua própria casa!

Você não casará com um corpo, mas com uma pessoa. Intimidade fora do contexto do casamento é muito, muito perigoso. Agora, não é o momento de conhecer sexualmente o seu parceiro, mas conhecê-lo relacionalmente, saber quem ele é e, então, verificar se vocês estão preparados para dar um passo à frente na relação. O índice de relacionamentos acabando por aí revela que a grande maioria se une sem se conhecer, e na verdade, só se uniram porque o sexo bateu na porta e eles abriram. Isaque não é parâmetro! Cristo é! E Cristo só se une espiritualmente com sua noiva, só chama a noiva à mesa da comunhão, depois de conhecê-la e saber que ela está purificada de seus pecados e lavada de suas injustiças pelo seu sangue.

Muitas pessoas que conhecemos sofreram e estão sofrendo as consequências de pecados sexuais, gravidez indesejada e tantas outras coisas porque não priorizaram o tipo de conhecimento que deveriam ter primeiro. Deus ordena que haja muito sexo, no casamento. Fora dele, Deus ordena que haja muita clareza e que vocês se conheçam tanto quanto puderem! Aquele cara bonitão é capaz de te abandonar com um filho nos braços! Aquela garota sensacional é capaz de te trocar por outro. Conheça agora no namoro para que, no casamento, vocês gastem muito tempo se conhecendo! Lá, e somente lá, é liberado se "conhecer".
Leia mais...

Seu casamento não é nada!

Cristo é superior a todas as coisas! Tudo o que é colocado ao lado de Cristo perde o seu valor. Tudo o que somos e o que temos não é comparado ao que Cristo é e tem. Um grande exemplo disso é o seu casamento.

Já parou para pensar como o seu casamento não é nada comparado ao casamento de Cristo? com o seu se torna insignificante diante do Dele? como o seu serve apenas como uma sombra embasada para revelar a grandeza e majestade do verdadeiro casamento que é de Cristo e sua igreja (Ef. 5:25)?

1. Seu encontro com seu esposo ou sua esposa começou em algum momento no tempo. Vocês se conhecem e sem amam, mas isso começou em algum lugar. Vocês se CONHECERAM. Isso quer dizer que antes vocês nem sequer sonhavam que o outro existia. Em contrapartida, Cristo amou a igreja muito antes de o mundo existir (Ef. 1:4, 5). As Escrituras revelam que o Cordeiro foi morto antes da fundação do mundo (Ap. 13:8). Cristo amou sua igreja a si mesmo se entregou por ela, muito antes de qualquer um de seus eleitos existir. Cristo já conhecia a noiva com quem casaria!

2. Os preparativos para o seu casamento começaram há um tempo, mas os preparativos para as bodas do Cordeiro iniciaram desde a fundação do mundo. " Vinde, benditos de meu Pai, possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo" (Mt. 25:34).

3. Não importa a quantidade de amigos, parentes e conhecidos você tenha, como também não importa se o salão que você vai alugar é o mais badalado da cidade e que causará inveja aos demais, Cristo te supera! Nem mesmo seu bairro inteiro saberá que você casou, ainda que você pare duas avenidas e a imprensa cubra as cenas do matrimônio, contudo, quando Cristo vier buscar a sua noiva, as Escrituras revelam que "todo olho O verá" (Ap. 1:7). Reis e seus reinos, líderes das mais altas condecorações, todos o verão e se dobrarão ante à majestade do noivo. "Todo joelho se dobrará e toda língua confessará que Jesus Cristo é o Senhor" (Fp. 2:11).

4. Não é triste saber que, mesmo que você prepare a melhor festa, com o melhor buffet, no melhor salão, isso durará apenas algumas horas? duração pressupõe término, mas as bodas do Cordeiro será celebrada eternidade a dentro! não importa quão suntuosa foi a ornamentação, quão frenética a discoteca, quão belas as roupas, quão requintado o buffet, quão bem ensaiado os padrinhos, seu casamento será lembrado por alguns dias, semanas, meses, mas não passará disso. Arrisque, depois de alguns anos, perguntar a alguém sobre ele e alguns perguntarão: "foi em que salão mesmo?" Mas as bodas do Cordeiro será aclamada, festejada e lembrada por toda a eternidade, justamente porque agora, os olhos dos homens estarão voltados para apenas um fato: o casamento de Cristo e sua noiva.

Este casamento deve ser amado, esperado, aguardado, ansiado, orado e regozijado porque a noiva somos nós. O Cordeiro nos conquistou! Ele pediu nossa mão ao Pai! O casamento de Cristo e sua igreja é mais aguardado e esperado que qualquer outro que já houve ou haverá! todos esperam o bem-aventurado dia em que Cristo descerá das nuvens para buscar os que são seus. Ele disse: "Não beberei mais deste fruto da videira até aquele dia, em que o beberei de novo convosco no Reino de Deus" (Mc. 14:25). Cristo está aguardando para brindar com sua noiva. E a noiva, suspirante, clama: Maranata, Ora vem, Senhor Jesus!

Cleison Brugger
Leia mais...

4 de novembro de 2013

Aprenda a NÃO ser um homem com Justin Bieber


Por Cleison Brugger


Fico a pensar o que passa na cabeça deste jovem: 19 anos e se achando o dono do mundo. Eu sinceramente lamento porque milhares de meninas que nunca conheceram o amor de um homem de verdade aplaudem este moleque. O termo é forte, mas é o que ele mostra ser, um moleque. Eu poderia o chamar de rapaz, mas esse termo traz a ideia de que, embora novo, ele está caminhando para definir sua vida e brevemente ele poderá desfrutar dos benefícios de ser um homem.

Já moleque evoca a ideia que o Justin propõe: embora numa idade onde as responsabilidades já deveriam estar à mostra, ele nos dá um show de irresponsabilidade. Vida de artista não é fácil! Na verdade, a vida de nenhum profissional é fácil! um artista - quer ator, quer cantor - precisa seguir uma disciplina de corpo e de voz que poucos outros profissionais precisam. Precisam cumprir uma agenda rigorosa, coisa que muitos profissionais não precisam. Precisam cumprir fielmente com os compromissos previamente agendados, inúmeras viagens, apresentações e tudo isso exige muito. Se é um show, o cantor tem a obrigação de ir até lá, se apresentar e voltar. Só isso. Isso não dói.

Mas o menino Justin ficou irritadiço quando o acertaram com uma garrafa no show em São Paulo. Coitado. Na verdade, isso não se faz. Mas o que também não se faz é sair no MEIO de um compromisso previamente agendado e que envolve o dinheiro de um público. Isso é irresponsabilidade. Ele teria todo o direito de parar e reclamar do que aconteceu, mas não abandonar um show PAGO - e mesmo que não fosse - sem dar maiores explicações. Isso só mostra que, no mínimo, ele não é um profissional, e no máximo, que ele não é um homem. Ele não estava lá fazendo um favor.

Homens não foge de responsabilidades. Se ele tem um compromisso, ele vai até lá e o cumpre até o fim. O homem Jesus tinha o maior compromisso da história: ser o nosso substituto na cruz e provar em nosso lugar do cálice da ira de Deus. Isso exigia muito! Ele precisava ir até lá, morrer e voltar. E isso doeria muito. Jesus pede que, se fosse possível, passasse dele aquele cálice (Mt. 26:39) e ele não estava se referindo ao sofrimento físico, mas ao horror de ter que enfrentar o julgamento divino, e ter que provar da ira de Deus. Ainda assim, seu compromisso permaneceu de pé, quando como um verdadeiro homem, se sujeitou a vontade do Pai (Mt. 26:39b). E foi até lá! Até o fim! Muito mais que uma garrafada, ele sofreu com chicotadas, açoites, escárnios, chutes, cuspidas e a pesada cruz às costas. Ele não deu meia-volta e saiu chorando, dizendo que não ia mais brincar. Ele foi até o fim e consumou a nossa redenção.

Oro para que as meninas que gritam por Justin Bieber olhem para Jesus e passem a adorar não um moleque, mas um verdadeiro homem.

Leia mais...

17 de outubro de 2013

Quando tudo o que me resta é Deus

Por Cleison Brügger

"Filho do homem, eis que eu tirarei de ti a delícia dos teus olhos, mas não lamentarás, nem chorarás, nem te correrão as lágrimas" (Ezequiel 24:16)

Esse é o custo de ser um profeta. A ordem de Deus para Ezequiel é desoladora, haja vista o próprio Deus lembrá-lo sobre quem ele é: "filho do homem". Em textos como este podemos ver quão longe Deus por ir. E por amor. Com isso, Deus estará disciplinando o seu povo. Mas usará Ezequiel como exemplo. Ezequiel irá ministrar pela manhã. Sua esposa morrerá. Ele já está avisado do que vai acontecer. E então ele revela o seu verdadeiro tesouro.

Muitos querem ser usados por Deus. Mas a pergunta que se faz é: como? com muitos dons, talentos, com muito poder, persuasão e ousadia, ou como exemplo? pois se olharmos para as Escrituras, veremos que aqueles a quem Deus usou como exemplo passaram por diversas privações, a exemplo de Jó, Paulo e Ezequiel nessa história. Entretanto, os que são usados por Deus com dons sobrenaturais correm o risco de se perderem no caminho, enveredarem-se pelo orgulho e chegar diante de Deus para juízo e condenação (Mt. 7:23). Mas os que foram usados por Deus como exemplo através do sofrimento são os que mais conhecem o seu Deus pois mantinham firme a consciência de que "o poder pertence a Deus" (Sl. 62:11).

Deus diz a Ezequiel: "Eu tirarei de ti a delícia dos teus olhos". Perceba: Ezequiel não havia pecado. O contexto nada relata sobre a esposa de Ezequiel ter feito qualquer mal. Mas nem sempre Deus nos tira coisas por havermos pecado. Ele poder fazer isso graciosamente. Deus é bom em tudo quanto faz. Deus diz a Ezequiel que Ele tiraria. A mulher de Ezequiel morreria e o profeta agora deveria conviver com alguém que tirou uma preciosidade dele. Mas o Deus que tira é o Deus que repõe. E Deus só tira para nos dar algo maior. E não há nada maior que Ele mesmo. Ele diz: "eu posso tirar de você todos os presentes que te dei e, ainda assim, serei infinitamente mais valioso que qualquer um deles".

Não é fácil não lamentar, não chorar, não derramar lágrimas. E Deus manda um "engole o choro" para o profeta que é difícil de conter. E toda essa história é para dizer a Israel que Deus profanaria seu santuário, o mais alto orgulho da nação (Ez. 24:21). Imagine: Ezequiel havia perdido sua esposa e, como um sacerdote, perderia o lugar onde ele deveria ministrar. Perdeu família e ministério. Há algo mais precioso que isso? há.

Se pudéssemos colocar em ordem de importância aquilo que a Bíblia diz que deve ser importante, teríamos: Deus - família - ministério. Nessa ordem. Um não toma o lugar do outro. É um triângulo perpétuo. Primeiro Deus, segundo família e em terceiro o ministério. Deus ordenou que precisamos cuidar de nossa casa antes de cuidarmos da igreja, mas acima de tudo, Deus ordenou que nós o amássemos acima de todas as coisas. Ezequiel foi perdendo gradativamente sua família e seu ministério. E por que não perdeu Deus? porque Deus não se perde.

Deus é quando tudo o mais deixa de ser. Deus tem quando tudo o mais está em falta. E por isso Ele diz: "O que ama seu pai ou sua mãe mais do que a Mim, não é digno de Mim; o que ama seu filho ou sua filha mais do que a Mim, não é digno de Mim. O que não toma a sua cruz e segue após Mim não é digno de Mim" (Mt. 10: 37, 38). Cristo não está dizendo que não devemos amar estas pessoas. Isso contrariaria todas as ordenanças bíblicas. O que Cristo está ensinando é o que encabeça o Decálogo: ame a Deus acima de todas as coisas.

Se valorizarmos e entesourarmos acima de tudo algo que a morte, a instabilidade, o pecado, a fraqueza humana pode nos tirar seremos frustrados. Mas se entesourarmos Aquele que venceu a morte e o pecado, que embora fraco fisicamente ressuscitou glorioso e nos deu a promessa de estabilidade eterna, seremos os mais felizes. E por mais que tudo o mais nos seja tirado, coisas que as Escrituras dão a devida importância e apresentam como legítimos como família e ministério, não seremos abalados se entesourarmos a Cristo acima de todas as coisas. No final, é de Cristo que precisamos.
Leia mais...

16 de outubro de 2013

Particularidade e complementaridade

Por Cleison Brugger

O homem sente diferente da mulher. Já se sabe que enquanto o homem quer respeito, mulher quer carinho e atenção. E isso é bíblico. E o que também é bíblico é que um homem precisa ser leal a uma mulher e vice-versa, assim como um homem deve se comprometer em cuidar e amar uma só mulher, como a mulher comprometer-se em submeter-se à liderança de um só homem.

Mulheres, por assim dizer, tem uma tendência maior a frustrações. Isso porque uma vez que uma mulher se entrega a um homem, ela se sente ligada aquele homem de uma maneira especial. Uma mulher pode ser a mais durona, enérgica, mas se o seu esposo chegar, ela reconhece a liderança dele, e então muda a voz e o semblante é outro. Por que? porque ela, como mulher, já se entregou a ele. Ele desbravou lugares da área sentimental e sexual dela que nenhum outro homem desbravou. Aquele homem sabe de coisas dela que nenhum outro sabe, como os lugares do seu corpo onde ela é mais sensível e vulnerável, e aquilo que a faz se entregar mais rapidamente. Ela sabe disso e o medo que ela como mulher tem é que ele desonre e banalize aquilo que ele sabe sobre ela.

É por este motivo que o índice de homens que voltam para mulheres é mais alto do que de mulheres que voltam para homens. Homens geralmente não suportam traições, deslealdades ou coisas do tipo. E por uma questão de "honra" - leia-se orgulho - ele dificilmente abrirá concessões. Não que todas as mulheres sejam assim, mas muito geralmente, mulheres cedem. Isso porque aquele que está voltando para ela - ou querendo voltar - já a conhece em pontos e lugares que nenhum outro conhece. E mesmo se ela se mostrar relutante a voltar, se o rapaz demonstrar algum tipo de afeto que ele sabe que a conquista - um beijo, palavras ou o que seja - ele certamente a terá de volta.

Esse é um privilégio divino. Deus deu aos homens o privilégio de conquistar e conhecer uma mulher. Leia bem, uma. Deus não nos deu o aval nem nos enviou a uma competição de "conheça tantas mulheres quanto puder", porque conhecer e abandonar é deflorar. Você já tinha ouvido essa palavra? deflorar quer dizer literalmente "tirar a flor e sua beleza". Aqui, trabalhamos com duas situações:

A primeira é que muitos rapazes numa masculinidade descontrolada e anti-bíblica acham que devem "pegar" o maior número de mulheres possível. Segundo as Escrituras, um homem não pode estar com uma mulher num relacionamento sexual a não ser que uma aliança una os dois. Ele incorre no erro de não ser leal a uma só mulher e ainda fere as mulheres que caem em sua sedução, tirando-lhes a flor, fazendo-lhes sem a beleza da virgindade e, portanto, marcando-as por toda a vida. Muitas dessas mulheres, no futuro, serão completamente desiludidas e a grande maioria vai pensar que "nenhum homem presta".

A segunda situação diz respeito a algumas mulheres. Existem aquelas que nem mesmo percebem o valor que possuem e se entregam muito facilmente a qualquer homem. Não conseguem ver a beleza da pureza de sua vida sexual. Se deixam ser usadas e literalmente abusadas. Se entregam a mais de um homem. E não digo apenas de mulheres adultas! muitas adolescentes, jovens, ficam passando de namoro para namoro, de boca para boca, de mão para mão. Pode até ter alguma beleza externa, mas a beleza da pureza se foi. Ela jamais estará nas mãos de um homem que queira algo certo com uma mulher. Sua má fama lhe proporcionará parceiros condizentes com essa fama.

Deus entregou Eva a Adão. Adão conheceu a Eva de maneira que nenhum outro conheceu - até porque só estavam eles dois lá rs. Mas se lermos a Bíblia, veremos que Salomão estava satisfeito com a sulamita e vice-versa, Abraão satisfeito com Sara e vice-versa, e os diversos casais da Bíblia se mantiveram juntos por toda a história. Até mesmo Jó, que chamou sua mulher de louca depois de ser aconselhado pela mesma a amaldiçoar o seu Deus (Jó 2:9), no final da história, teve o dobro de filhos. Bem, será com quem? o livro não diz nada sobre ele ter trocado de esposa. Isso ensina que por mais que o casamento passe por crises, não existe nada que Deus não possa reacender. Jó não abandonou sua mulher.

O que Deus uniu não separe o homem (Mc. 10:9). Esse é o ensinamento bíblico. Quando Deus une duas pessoas é a fim de que ambos se conheçam, se cuidem, se protejam e se amem. A fim de que haja um respeito mútuo, reciprocidade e troca de afetos. Ele levanta um líder nessa união, aquele que arca com as responsabilidades. Mas como a mulher foi tirada da costela, logo, ela está não abaixo, nem acima, mas ao lado, como uma auxiliadora idônea. 
Leia mais...

4 de março de 2013

A justiça de Deus

 Por Cleison Brugger

A justiça de Deus é o Seu alto compromisso em fazer o que é justo e certo. É a decisão honesta de Deus diante dos fatos. Justiça é o que Ele é e faz, deste toda a eternidade. Não existe ninguém cujo caráter seja mais reto e cuja decisão seja mais fidedigna do que Deus. As Escrituras ensinam que a base do trono de Deus são justiça e juízo (Salmo 89:14), e é interessante saber disso pois será diante do Grande trono branco que acontecerá o julgamento. Assim, se o trono de Deus tem como lema "justiça e juízo" e se todos nós somos culpados diante de Deus, logo, deveríamos estremecer diante do fato que se aproxima: o grande e terrível dia do Senhor, em que Ele há de julgar vivos e mortos.

Conquanto as Escrituras nos dê evidências massantes a respeito deste atributo de Deus, muitos tentam colocar a justiça de Deus em xeque. Quando soube que Deus destruiria a cidade de Sodoma, Abraão parece colocar a ilibada justiça de Deus em jogo, perguntando: "destruirás também o justo com o ímpio?" (Gn. 18:23). Isso é o mesmo que perguntar a uma mãe que acabou de gerar: "você vai colocar veneno na mamadeira do seu filho?". Ambas as perguntas são uma afronta! A pergunta de Abraão desconsidera completamente o caráter justo de Deus. É óbvio que Deus JAMAIS destruiria o justo com o ímpio.

Porém, Abraão diz mais à frente: "Longe de Ti que faças tal coisa, que mates o justo com o ímpio; que o justo seja como o ímpio, longe de Ti seja; Não faria justiça o Juiz de toda a terra?" (Gn. 18:25). Agora Abraão reconquista o meu respeito. Ele entende que, como está longe o extremo norte do extremo sul, assim está longe de Deus tratar o justo como se fosse um ímpio.

Jeremias já tem uma teologia sólida e bem definida sobre a justiça de Deus, e então diz: "Justo serias, Senhor, ainda que eu entrasse contigo num pleito" (Jr. 12:1a). Ele não tinha qualquer dúvida a respeito do quão justo Deus é. "Contudo", ele continua, "falarei contigo dos teus juízos" (Jr. 12:1b). Jeremias está dizendo: "Sei que Tu és completamente justo, não há o que questionar nisso. Somente quero entender como ela funciona". E então ele questiona: "por que prospera o caminho dos ímpios e vivem em paz todos os que cometem o mal aleivosamente?" (Jr. 12:1c). Esse questionamento de Jeremias se assemelha ao de Asafe no Salmo 73. Asafe encontrou resposta quando entrou no santuário de Deus (Sl. 73:15) e se você já leu este salmo, sabe bem a resposta.

É importante entender que não importa os caminhos que a justiça de Deus toma, Ele sempre será perfeitamente justo. mas há de se confessar que, muitas vezes, a justiça de Deus é de difícil compreensão. O lugar onde fica mais difícil de entender a justiça de Deus é na cruz. Alí, parece que a maior injustiça que alguém poderia ter cometido, aconteceu. No Antigo Testamento, o princípio que vigora é o seguinte: o inocente vive e o culpado morre. O problema é que Paulo diz que "não há um justo, nem um sequer" (R. 3:10), logo, todos somos culpados e devemos morrer, pois a justiça de Deus exige isso. Porém, na cruz, Deus mata seu inocente filho para salvar culpados, ímpios, injustos, e isso cheira a injustiça porque aquele que jamais conheceu pecado agora está morrendo como se fosse o pior dos pecadores.

Mas as Escrituras diz que "Àquele que não conheceu pecado, o fez pecado por nós; para que nEle fôssemos feitos justiça de Deus" (II Co. 5:21). Cristo se fez maldição por nós (Gl. 3:13), de modo que aquilo que é nosso - nossos pecados e transgressões - é contado como sendo dEle e o que é dEle, pela fé, é contado como nosso. Deus matou Seu precioso Filho porque enxergara nEle a podridão dos nossos pecados, e Deus nos salva porque enxerga em nós a perfeição de Seu Filho imputada em nós pela fé de modo que, agora, Deus não perdoar pecadores que põe a fé em Cristo como Salvador seria uma injustiça, visto que, na cruz, Cristo rasgou o escrito da nossa dívida pagando o preço por nós e em nosso lugar (Cl. 2:14). Logo, a justiça de Deus é sanada e nós podemos ser salvos. Neste fluir, como filhos, somos ordenados a ter "fome e sede de justiça" (Mt. 5:6), a fim de nos assemelharmos com Deus cujo caráter é justo desde toda a eternidade.


Quão grande Deus servimos e quão  grande Salvador temos! Solus Christus! Soli Deo Gloria!
Leia mais...

27 de fevereiro de 2013

Há coisas que Deus não pode

Texto: Gênesis 18:1-16

Não devemos rir, nem duvidar de quando o Senhor diz que fará coisas. Isso seria zombar da Sua fidelidade e tornar a verdade de Deus em engano. Por mais improvável que pareça devemos confiar, não porque coisas improváveis costumam acontecer com certa frequência na ordem das coisas, mas porque o Senhor o disse!

Abraão, com toda a hospitalidade, se esforça para que os varões que lhe apareceram permaneçam com ele. Nunca deve-se desperdiçar a visita do Senhor em nossa casa! um banquete foi preparado por Abraão: enquanto Sara está na tenda fazendo bolos (Gn. 18:6), um moço se apressa em preparar a vitela (Gn. 18:7). Depois de comerem, Abraão ouve do Senhor: "certamente tornarei a ti (...)" (vv.10a). Uma boa recepção faz com que visitantes ilustres retornem. Abraão entendeu isso. E o Senhor disse que retornaria com um presente, uma surpresa: "(...) tornarei a ti por este tempo de vida; e eis que Sara, tua mulher, terá um filho" (vv.10b). Agora, há um dilema na história: enquanto Abraão creu, Sara riu.

Abraão se esforça para bem receber os três varões, onde um deles era o próprio Senhor, mas Sara, ao contrário de Abraão, é indelicada com as mui dignas visitas. Sara comete dois pecados: 1º - duvida da fidelidade de Deus quando ri da promessa (Gn. 18:12). Abraão trabalha para bem recebê-los e Sara, na sua primeira oportunidade, desonra o caráter de Deus. Paulo diz que Deus é fiel porque não pode negar-se a si mesmo (2 Tm. 2:13). Fidelidade define o caráter sacrossanto de Deus. Deus tem um alto compromisso com o que fala. Ele vela sobre a sua palavra para a cumprir (Jr. 1:11). Sara, por ter uma péssima teologia, estava desonrando o caráter do Deus Eterno. Mas ela não para por aí.

O Senhor questiona a Abraão o porquê do riso de Sara (Gn. 18:13). "Não entendi o riso de sua esposa, Abraão. Acaso ela pensa que eu não posso fazer o que disse?" (vv. 13, 14a) e então o Senhor reafirma a Sua promessa: "ao tempo determinado, tornarei a ti por este tempo de vida, e Sara terá um filho" (Gn. 18:14). A essa altura, Sara deveria ter se arrependido de seu riso debochado e infame e aprendido a lição, mas ela comete um segundo pecado, mais uma vez contra o caráter de Deus. "E Sara negou, dizendo: não me ri, porquanto temeu. E Ele disse: não digas isso, porque te riste" (Gn. 18:15). Sara não conhece a Deus, tem uma péssima teologia - uma das piores, em toda a Bíblia - e pensa que Deus é um moleque, alguém igual a ela. Primeiro, ofende a Deus dizendo com um risinho cínico que Ele não é fiel e agora o desonra dizendo que ele é um mentiroso. Sara coloca Deus em xeque: "você não é tão poderoso, capaz de me dar um filho, nem sabedor de tudo, capaz de saber se ri ou não, estando tu aqui e eu, dentro da tenda".

Há duas coisas que Paulo diz que Deus NÃO PODE: Por ser fiel, NÃO PODE negar a si mesmo, como dito acima (2 Tm. 2:13) e a outra coisa está em Tito 1:2: "em esperança da vida eterna, a qual Deus, que não pode mentir, prometeu antes dos tempos dos séculos". Paulo aqui atrela a fidelidade e a verdade de Deus. Deus NÃO PODE mentir porque isso seria negar o que Ele é, por toda a eternidade: o Deus de toda a verdade. Jesus afirmou ser a verdade (Jo. 14:6) e no Apocalipse ele é chamado de A Testemunha fiel e Verdadeira (Ap. 3:14). Fiel e verdadeiro é o que Deus é, por toda a eternidade. Sara não entendia isso, mas era incrédula, descrente e ignorante acerca do caráter de Deus.

Muitas vezes somos incrédulos porque desconhecemos a Deus. O que Deus faz é expressão de quem Ele é. Se Ele cumpre o que promete é porque Ele é fiel. Se o que disse aconteceu é porque sua Palavra é a verdade. Não é que Deus seja refém da sua própria vontade, mas porque Ele tem um alto compromisso com a glória do Seu nome e com a honra do seu Ser, logo, tudo o que promete cumpre, até mesmo o assassinato de Seu filho, prometido desde antes da fundação do mundo (Ap. 13:8).
Leia mais...

20 de fevereiro de 2013

Tá vendo aquela reta?


por Cleison Brugger

Um devocional

"E o Anjo do Senhor a achou junto a uma fonte de água no deserto, junto à fonte no caminho de Sur. E disse: Agar, serva de Sarai, de onde vens e para onde vais? E ela disse: venho fugida da face de Sarai, minha senhora" (Gn. 16: 7,8)

Frequentemente nas Escrituras, veremos o Senhor fazendo perguntas. Não que Ele não saiba a resposta. Não que Ele não esteja inteirado - e coordenando - todas as coisas, mas porque Ele quer ouvir o que temos a dizer. Ele já sabe que é uma queixa, um lamento, mas mesmo assim Ele quer ouvir. O Senhor perguntou a Agar: "de onde vens?" (vv.7a) e ela respondeu: "venho fugida da face de Sarai, minha senhora" (vv.7b) "É de lá que venho. Cheguei no deserto debaixo de opressão e desprezo". Mas há a outra parte da pergunta: "para onde vais?" (vv.7a). Essa parte Agar não respondeu. Talvez porque não sabia para onde ia. Não tinha rumo. Não podia responder a pergunta. E o Senhor sabia disso. E por isso Ele mesmo traça um rumo para ela, dizendo: "tá vendo aquela reta?", então, "torna-te para tua senhora e humilha-te debaixo de suas mãos" (Gn. 16:9).

Isso foi verdade também com o grande profeta Elias. No auge do seu ministério, ele entrou em profunda tristeza e aflição. Porém, o Senhor se chega a ele e pergunta: "que fazes aqui, Elias?" (I Rs. 19:13c). Em outras palavras, "como você veio parar aqui?" No que ele responde: "tenho sido extremamente zeloso pelo Senhor, Deus dos Exércitos, porque os filhos de Israel deixaram o teu concerto, derribaram os teus altares e mataram os teus profetas à espada; só eu fiquei, e agora querem me matar" (I Rs. 19:14). Elias, tal como Agar, estava alí por estar triste e aflito e, pelas suas palavras, não estava muito disposto a sair. Dessa vez o Senhor não pergunta "para onde vais?" como perguntou a Agar, simplesmente porque Ele já tinha um rumo certo para Elias. E o rumo era: "tá vendo aquela reta?", então, "vai, volta pelo teu caminho, para o deserto de Damasco" (I Rs. 19:15a).

Isso me faz lembrar a igreja de Éfeso. Igreja antiga, paciente, labutante, consistentemente doutrinária, mas que, em um certo momento, perdeu o primeiro amor (Ap. 2:4). Dessa vez, a pergunta é implícita: "como vieste até aqui? como chegaste a este ponto?" Talvez o muito fazer tenha feito de Éfeso uma igreja técnica demais, uma noiva profissionalizada. Mas o convite feito a igreja efésia é o mesmo que o Senhor fez a Agar e a Elias. Ele disse: "tá vendo aquela reta?", então, "lembra-te, pois, de onde caíste, arrepende-te, e volta a prática das primeiras obras" (Ap. 2:5).

Há momentos que o Senhor nos faz perguntas como fez a eles: "para onde vens e para onde vais? como chegaste até aqui?" e nós até respondemos, cabisbaixos, como conseguimos a proeza de estragar tudo e fracassar, como o que achávamos que teria êxito não teve sucesso, como estamos frustrados, tristes e aflitos. Mas, na verdade, não conseguimos responder a outra parte da pergunta: "para onde vais?", simplesmente porque não sabemos para onde ir. Estamos estagnados. E a resposta de Deus para nós é a mesma que Ele deu a eles: "tá vendo aquela reta?", então, filho, filha, volta. Volta e humilha-te como Agar, volta e arrepende-te como Éfeso, volta e unge o teu moço como Elias. Volta pelo caminho em que vieste. Só não fique aí! Meu convite é para que você saia; na verdade, para que você volte. Ele não se preocupa se você não tem uma ideia de pra onde ir. Ele já tem um caminho traçado para você. Somente obedeça, pegue a reta e volte confiante. 
Leia mais...

 
Copyright 2009 Cleison Brügger | BLOG. Powered by Blogger Blogger Templates create by Deluxe Templates. WP by Masterplan