Pesquisar

4 de março de 2013

A justiça de Deus

 Por Cleison Brugger

A justiça de Deus é o Seu alto compromisso em fazer o que é justo e certo. É a decisão honesta de Deus diante dos fatos. Justiça é o que Ele é e faz, deste toda a eternidade. Não existe ninguém cujo caráter seja mais reto e cuja decisão seja mais fidedigna do que Deus. As Escrituras ensinam que a base do trono de Deus são justiça e juízo (Salmo 89:14), e é interessante saber disso pois será diante do Grande trono branco que acontecerá o julgamento. Assim, se o trono de Deus tem como lema "justiça e juízo" e se todos nós somos culpados diante de Deus, logo, deveríamos estremecer diante do fato que se aproxima: o grande e terrível dia do Senhor, em que Ele há de julgar vivos e mortos.

Conquanto as Escrituras nos dê evidências massantes a respeito deste atributo de Deus, muitos tentam colocar a justiça de Deus em xeque. Quando soube que Deus destruiria a cidade de Sodoma, Abraão parece colocar a ilibada justiça de Deus em jogo, perguntando: "destruirás também o justo com o ímpio?" (Gn. 18:23). Isso é o mesmo que perguntar a uma mãe que acabou de gerar: "você vai colocar veneno na mamadeira do seu filho?". Ambas as perguntas são uma afronta! A pergunta de Abraão desconsidera completamente o caráter justo de Deus. É óbvio que Deus JAMAIS destruiria o justo com o ímpio.

Porém, Abraão diz mais à frente: "Longe de Ti que faças tal coisa, que mates o justo com o ímpio; que o justo seja como o ímpio, longe de Ti seja; Não faria justiça o Juiz de toda a terra?" (Gn. 18:25). Agora Abraão reconquista o meu respeito. Ele entende que, como está longe o extremo norte do extremo sul, assim está longe de Deus tratar o justo como se fosse um ímpio.

Jeremias já tem uma teologia sólida e bem definida sobre a justiça de Deus, e então diz: "Justo serias, Senhor, ainda que eu entrasse contigo num pleito" (Jr. 12:1a). Ele não tinha qualquer dúvida a respeito do quão justo Deus é. "Contudo", ele continua, "falarei contigo dos teus juízos" (Jr. 12:1b). Jeremias está dizendo: "Sei que Tu és completamente justo, não há o que questionar nisso. Somente quero entender como ela funciona". E então ele questiona: "por que prospera o caminho dos ímpios e vivem em paz todos os que cometem o mal aleivosamente?" (Jr. 12:1c). Esse questionamento de Jeremias se assemelha ao de Asafe no Salmo 73. Asafe encontrou resposta quando entrou no santuário de Deus (Sl. 73:15) e se você já leu este salmo, sabe bem a resposta.

É importante entender que não importa os caminhos que a justiça de Deus toma, Ele sempre será perfeitamente justo. mas há de se confessar que, muitas vezes, a justiça de Deus é de difícil compreensão. O lugar onde fica mais difícil de entender a justiça de Deus é na cruz. Alí, parece que a maior injustiça que alguém poderia ter cometido, aconteceu. No Antigo Testamento, o princípio que vigora é o seguinte: o inocente vive e o culpado morre. O problema é que Paulo diz que "não há um justo, nem um sequer" (R. 3:10), logo, todos somos culpados e devemos morrer, pois a justiça de Deus exige isso. Porém, na cruz, Deus mata seu inocente filho para salvar culpados, ímpios, injustos, e isso cheira a injustiça porque aquele que jamais conheceu pecado agora está morrendo como se fosse o pior dos pecadores.

Mas as Escrituras diz que "Àquele que não conheceu pecado, o fez pecado por nós; para que nEle fôssemos feitos justiça de Deus" (II Co. 5:21). Cristo se fez maldição por nós (Gl. 3:13), de modo que aquilo que é nosso - nossos pecados e transgressões - é contado como sendo dEle e o que é dEle, pela fé, é contado como nosso. Deus matou Seu precioso Filho porque enxergara nEle a podridão dos nossos pecados, e Deus nos salva porque enxerga em nós a perfeição de Seu Filho imputada em nós pela fé de modo que, agora, Deus não perdoar pecadores que põe a fé em Cristo como Salvador seria uma injustiça, visto que, na cruz, Cristo rasgou o escrito da nossa dívida pagando o preço por nós e em nosso lugar (Cl. 2:14). Logo, a justiça de Deus é sanada e nós podemos ser salvos. Neste fluir, como filhos, somos ordenados a ter "fome e sede de justiça" (Mt. 5:6), a fim de nos assemelharmos com Deus cujo caráter é justo desde toda a eternidade.


Quão grande Deus servimos e quão  grande Salvador temos! Solus Christus! Soli Deo Gloria!

0 comentários:

Postar um comentário

 
Copyright 2009 Cleison Brügger | BLOG. Powered by Blogger Blogger Templates create by Deluxe Templates. WP by Masterplan