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21 de setembro de 2012

"E vós, quem dizeis que eu sou?"


Recentemente, encontraram um fragmento de um antigo papiro escrito em copta, um antigo idioma egípcio, que sugere (ou infere) a ideia de que Jesus Cristo tenha sido casado. Essa não é a primeira vez que algo assim acontece. Dan Brown em O código da Vinci relata esta mesma façanha. Na verdade, se já existiu uma pessoa que foi norteada por especulações, esta foi Jesus. 

Quando ainda estava na terra, muitas pessoas acreditavam que Cristo era o retorno de ilustres profetas, como Elias e Jeremias. Outros acreditavam ainda que ele era mais um dos grandes profetas. Outros ainda o tinham apenas como o filho do carpinteiro. Diante de tantas especulações e hipóteses, Jesus pergunta aos seus discípulos: "E vós, quem dizeis que eu sou?" (Mt 16:15). Ouço um silêncio. Na verdade, se levando em consideração o teor da pergunta, um breve momento de silêncio é lícito, quando não necessário.  Mas o silêncio começa a fixar residência. Parece que a resposta é um tanto complexa. Porém, Pedro se levanta e, enfaticamente diz: "tu és o Cristo, o filho do Deus vivo". 

Pedro entendeu a pergunta. Jesus não estava perguntando quem ele era na perspectiva deles, ou quem ele era para eles, mas sim, quem ele era, de fato e de verdade. Muitos diriam: "Jesus, o senhor é um bom camarada", ou "o senhor é um ótimo conselheiro" ou ainda "o senhor é muito bom com o povo". Mas eles não teriam respondido a pergunta. Ele não pergunta para eles quem ele era como alguém que está provando uma roupa pergunta pro colega se está legal ou não, mas ele pergunta para os seus discípulos quem ele era, como alguém pergunta a enfermeira que está cuidando de um bebê que acabou de nascer se é menino ou menina. Não há o que pensar. É só olhar o sexo. A resposta é óbvia. E Pedro foi enfático: "tu és o Cristo, o filho do Deus vivo". Pedro estava dizendo que Jesus era o cumprimento das profecias, o Ungido de Deus, o Messias esperado, o enviado direta e pessoalmente por Deus, o Pai. 

Jesus se alegrou com a resposta de Pedro, e então disse a ele: "Bem-aventurado és tu, Simão Barjonas, Porque isto não lhe foi revelado por carne ou sangue, mas por meu Pai que está nos céus " (Mt 16:17). Perceba o nome que Jesus chama a Pedro. Ninguém chama a Pedro por este nome. Pedro não era conhecido assim. Entretanto, este era o nome que identificava Pedro e o diferia dos demais. Pedro tem aos montes, mas Simão Barjonas era único. Perceba que agora a coisa mais séria: Pedro não ouvia qualquer pessoa o chamar por este nome. Na verdade, na aldeia dos pescadores, o pessoal não sabia que este era o nome de Pedro. Só sabe o nome completo quem, de fato, nos conhece. Jesus perguntou quem ele era e Pedro respondeu, e agora, é Jesus quem está dizendo para Pedro quem ele é. Quando nós dizemos quem Cristo verdadeiramente é, então ele diz quem nós verdadeiramente somos. É no resplendor da glória de Cristo que somos flagrados. Quando conhecemos a Cristo de fato, conhecemos quem nós somos, pois Cristo faz questão de revelar. Jesus continua dizendo a Pedro, agora Simão Barjonas: "[...] isto não lhe foi revelado por carne ou sangue, mas por meu Pai que está nos céus" (Mt 16:17b). Pedro recebeu uma iluminação em sua mente que o fez confessar que Jesus era o Cristo, o filho do Deus vivo. "Ninguém pode dizer que Jesus é o SENHOR, senão pelo Espírito Santo” (I Co 12:3). Deus havia dado uma visão, um entendimento da glória de Cristo a Pedro. E nós precisamos fazer o mesmo: pedir ao Pai que nos mostre a beleza e a realidade da glória de Cristo. Que Ele faça com que a centralidade de Cristo não seja apenas uma doutrina em nossa mente, mas uma realidade em nosso coração e vida. Que Ele efetue algo de uma maneira tão intensa, que seja capaz de fazer com que a confissão do senhorio de Cristo que sai dos lábios 
seja fruto da revelação que houve na nossa mente.

Quando somos iluminados, somos iluminados para a veracidade dos fatos e para  a realidade de Cristo. Não para pegarmos nossa lupa e começarmos a especular, como faz um detetive. Quando Deus nos ilumina, nós temos a firme certeza de quem nós temos crido! sabemos firmemente que ele é o Cristo, o filho do Deus vivo, a segunda pessoa bendita da trindade. Aumentá-lo é impossível, visto que um ser eterno não possui limites, e diminuí-lo é estupidez. Confessar quem Cristo é pode mudar a nossa vida como mudou a a de Pedro.

Cleison Brugger

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