Pesquisar

9 de fevereiro de 2011

Negociando o inegociável

Faculdade, vestibular, cursos, carreira profissional, universidade, horas de estudo e concentração, poucas horas de sono, correria... Quem não vive se preocupando com algumas destas coisas (senão todas), levante a mão.

...

Vivemos numa época ditada pela pós-modernidade, onde homens e mulheres estão afoitos, na busca da satisfação pessoal e profissional. Alguns ainda, estão preocupados com o casamento que está por vir ou os filhos que brevemente chegarão. Certa vez, ouvi um grande homem dizer: "As coisas mais importantes para nós, são aquelas que recebem a devida atenção, durante o dia". É certo que todas estas coisas merecem uma devida atenção, mas a verdade é que, quando as preocupações com estas coisas chegaram, preocupações com outras coisas se foram, como: ter uma boa alimentação, as reverentes horas de sono, a socialidade (sua vida social não pode ser jogada no lixo), a percepção das coisas mínimas (como o pôr do Sol ou um céu estrelado)...

DEUS.
Não raras vezes, acabamos perdendo Deus de vista. Quando as preocupações com as coisas chegam, acabamos deixando de lado aquilo que deveria ser nossa prioridade (Mt. 6.33). Chegamos e reduzir Deus àquele que preenche a área espiritual e religiosa de nossa vida e nada mais do que isso. Por fim,  roubamos o senhorio Dele sobre nós, quando achamos que agindo sozinhos, sem ajuda ou imposição externa, caminharemos melhor, aliás, "eu sei o que é melhor para mim", afirma o nosso enganoso coração. Acabamos "negociando o inegociável", trocando Deus por coisas supérfluas ou menos importantes do que Ele.
O mestre Salomão nos orienta: "Lembre-se do seu Criador nos dias da sua juventude, antes que venham os dias difíceis e se aproximem os anos em que você dirá: "Não tenho neles satisfação" (Ec. 12.1).
Salomão disse estas coisas, na posição de rei em Israel, aliás, um dos melhores reis que já governaram aquela nação, depois de Davi, seu pai. Salomão tinha tudo o que queria: "Comprei escravos e escravas e tive escravos que nasceram em minha casa. Além disso tive também mais bois e ovelhas do que todos os que viveram antes de mim em Jerusalém. Ajuntei para mim prata e ouro, tesouros de reis e de províncias. Servi-me de cantores e cantoras, e também de um harém, as delícias do homem. Tornei-me mais famoso e poderoso do que todos os que viveram em Jerusalém antes de mim, conservando comigo a minha sabedoria. Não me neguei nada que os meus olhos desejaram; não me recusei a dar prazer algum ao meu coração. Na verdade, eu me alegrei em todo o meu trabalho; essa foi a recompensa de todo o meu esforço" (Ec. 2. 7-10 - NVI). Como um bom homem, apreciava o sexo oposto e poderia ter qualquer mulher que quisesse em suas mãos: "Sessenta (60) são as rainhas, e oitenta (80) as concubinas, e as virgens sem número" (Ct. 6.8 - ACF).

Contudo, este mesmo homem declara que, ainda que tivesse tudo, não estava plenamente satisfeito: "Quando pensei em todas as coisas que havia feito e no trabalho que tinha tido para conseguir fazê-las, compreendi que tudo aquilo era ilusão, não tinha nenhum proveito. Era como se eu estivesse correndo atrás do vento" (Ec. 2.11 - NTLH). Ora, como um homem que possuia tudo o que queria, a hora que queria e como desejava, pode reclamar no final, dizendo que não estava satisfeito? Eu lhe respondo: Deus foi posto de lado.
Salomão possuiu tudo o que quis, certamente lutando para conquistar, contudo, quando conquistou, simplesmente tomou para si todos os méritos e despediu a Deus, agradecendo-lhe pelo trabalho prestado mas, agora, não mais necessários. Infelizmente, Salomão preferiu se inflamar nos seus pecados e, ao contrário do filho pródigo que, arrependido, voltou para seu pai, afirmando não ser digno de ser chamado mais de filho, Salomão não se voltou para Deus.

Todavia, Salomão, como o homem sábio que era, nos adverte a não cair no mesmo erro que ele: "Lembre-se do seu Criador nos dias da sua juventude, antes que venham os dias difíceis e se aproximem os anos em que você dirá: "Não tenho neles satisfação" (Ec. 12.1). Salomão, enquanto jovem, desprezou e odiou a Deus, amando aquilo que havia conquistado, mas agora, já velho, não tinha satisfação em sua vida e uma alegria duradoura. Priorize Deus, ame a Deus, ore a Deus e antes de fazer qualquer coisa, ponha um "Se Deus quiser" na frente de seus passos. Nunca o negligencie mas, ao contrário, seja dependente Dele até o final, pois a maior alegria não está naquilo que conquistamos, mas na pessoa bendita de Cristo Jesus. Infelizmente, muitos "buscam os seus próprios interesses e não os de Jesus Cristo" (Fp. 2.21), mas Paulo, sabendo que Cristo é o tesouro maior, externou: "Mas o que para mim era lucro, passei a considerar perda, por causa de Cristo. Mais do que isso, considero tudo como perda, comparado com a suprema grandeza do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor, por cuja causa perdi todas as coisas. Eu as considero como esterco para poder ganhar a Cristo e ser encontrado nele, não tendo a minha própria justiça que procede da lei, mas a que vem mediante a fé em Cristo, a justiça que procede de Deus e se baseia na fé" (Fp. 3. 7-9).

Confiando nAquele que jamais nos frustrará,
Cleison Brugger.

0 comentários:

Postar um comentário

 
Copyright 2009 Cleison Brügger | BLOG. Powered by Blogger Blogger Templates create by Deluxe Templates. WP by Masterplan