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22 de novembro de 2012

Deixa Mical no canto dela, Davi!

Davi estava muito feliz! Depois de a arca do concerto ter estado no terreno inimigo dos filisteus por 70 anos, agora Davi estava devolvendo a Arca para o seu lugar, de onde nunca deveria ter saído! Davi estava alegre demais! a cada seis passos e oferecia sacríficios (cf. 2Sm. 613); ele cantava e bailava no meio do povo (2Sm. 6:14); naquele dia, o povo se surpreendeu com o rei dançando no meio deles. Davi perdeu a compostura e esqueceu de todas as regras de etiqueta. Mas era a Arca de volta! todos deveriam estar felizes e jubilosos! Icabô não mais! A glória de Israel estava de volta!

E quando acabou o cerimonial, e o povo, feliz e regozijante, voltava para suas casas, Davi foi abençoar sua casa, mas chegando lá...

Mical estava indignada! num ato de revolta e menosprezo pela atitude desprezível de Davi em ter dançado e bailado no meio do povo (visto que, como rei, ele deveria se comportar), Mical o despreza e diz para ele: "Como o rei de Israel se destacou hoje, tirando o manto na frente das escravas de seus servos, como um vadio qualquer!" (2Sm. 6:20 NVI). Ok, Mical não era o exemplo de mulher ideal, e Davi cortou Mical com sua contra-resposta (2Sm. 6:21,22), mas vamos combinar? Davi tem uma parcela de culpa nisso, e nós temos o que aprender - ou não! - com Davi. Davi, muito embora fosse um homem segundo o coração de Deus, era carnudo!!

Em 2 Samuel 3 conta-se que Abner fez uma aliança com Davi, depois de um mal entendido com Is-Bosete, filho de Saul. Então Davi faz uma proposta: "Quer fazer aliança? tá ok, mas tem uma condição: quero Mical, filha de Saul, pois já paguei o preço requerido para poder casar com ela. Ela é minha por direito!" (2Sm. 3: 12, 13). Só que havia um porém: Mical já tinha marido! Só que Abner a tira do marido dela para entregar-lhe a Davi (2Sm. 3:15, 16). 


 Tá pegando Mical pra quê Davi? deixa ela no canto dela! já tem marido, já tem família, eles parecem ser felizes... "mas eu a conquistei, é minha por direito!" Ok, Davi, mas olha de quem é filha! não parece boa coisa! "mas é linda, maravilhosa.. o resto a gente conversa"..

Bem, Davi sabia que ela era linda! Mas por ser criada com Saul, certamente tinha os traços do pai no que se refere a personalidade. Na verdade, Davi por ser o garanhão e adorar "colecionar" paixões (só em 2 Sm. 3:2-5 encontramos 5 mulheres de Davi!) ele não tinha ideia do problemão que ele estava arrumando: uma mulher que não se alegrava com a presença de Deus, não compartilhava da alegria do marido, o desonrava e ainda não deu a ele a alegria de gerar filhos (coisa que Davi amava era criança! cada mês era um novo!) O que adiantou pagar o preço por ela? o que adiantou a fama de ser "marido da princesa"? o que adiantou dormir ao lado do manequim mais perfeito de Israel? agora, a princesa está te chamando de "vadio, vagabundo", não te respeita, não te honra, não te entende. Mical não entendia, nem compartilhava da alegria de Davi, nem da alegria do povo. Mical era incrédula, não tinha prazer em Deus. Estava na janela pra ver no que daria aquilo tudo, mas acabou vendo Davi que embora estivesse muito feliz pela chegada da Arca em Jerusalém, aos olhos dela, era um vagabundo qualquer, dançando no meio do povo.

Começar um relacionamento por qualquer tipo de atração é a maior das burrices. Paulo recomenda que devemos ter um relacionamento que aconteça "no Senhor" (I Co. 7:39). Paulo nos adverte a fugirmos das paixões da mocidade (2Tm. 2:22), a exemplo de José fugindo da mulher de seu patrão. Se o inimigo tá oferecendo filé, pela honra do Senhor, eu viro vegetariano, como fez Daniel e seus amigos. Beleza? é interessante! mas caráter é necessário e vida com Deus é fundamental. Existem relacionamentos muito foguentos nos amassos, mas o fogo do amor verdadeiro não passa de história mal contada e o fogo do altar já deixou de arder faz tempo! Princesa, príncipe, se liga: você pode ser boazuda, garanhão, sedutor(a), sensual; mas você jamais, leia bem, jamais! ganhará para si um servo de Deus, pois eles estão vacinados, visto que, um dia, crucificaram sua carne, junto com suas paixões e desejos (Gl. 5:24). Eles agora são guiados pelo Espírito, até nos relacionamentos!

Se você é carnudo(a), se liga: você arruma uma Mical da vida que, embora seja princesinha, atraente, bonita, quando casar (se casar!) te despreza, te desonra e depois você vai pra igreja chorando e pedindo oração pra Deus salvar o indivíduo, mas como minha querida avó diz, "quem com porco se ajuda, farelo come".


Até mais!
Cleison Brugger
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12 de novembro de 2012

Prazer, evangelho! (parte 1)

por Cleison Brügger

Olá! esses dias eu pensava sobre o pecado e suas implicações. E no caminho (eu estava andando e pensando), percebi que, na verdade, quando se pensa em pecado (um grande problema!), pensa-se numa solução para ele. E a solução para o pecado é o Evangelho. Então, resolvi dividir um texto único em quatro partes, em que falo sobre (1) pecado, (2) a necessidade do Inferno, (3) a necessidade de um Salvador e  (4) como esse Salvador nos salva do pecado. 

Então, para entendermos sobre como somos salvos do pecado, precisamos entender o que ele é. Leia até o final!

PECADO

O pecado não é algo que vem como um mensageiro, mas que está como um residente. Ele não resulta de fatores externos, ou se parece com uma energia impessoal, mas sim, de impulsos internos definidos. Portanto, não podemos dizer que fomos aleatoriamente atingidos pelo mal, como quem toca numa tomada e leva, de imediato, um choque. Jesus disse que “a boca fala do que coração está cheio” (Mateus 12:34). Quando, por exemplo, alguém fala coisas obcenas e imorais, esse alguém não pode colocar a culpa na influência externa ou no contexto dizendo: “essa roda de amigos me influencia a falar desta maneira”. Seu falar obceno é fruto do que está arraigado no seu próprio coração. Assim sendo, embora exista, de fato, um certo tipo e uma certa medida de infuência ao erro, nosso poderoso coração enganoso nem sempre precisa ser influenciado. Ele mesmo procura meios, métodos, maneiras e ocasiões para pecar. Não é algo que vem, é algo que está! E está não detido apenas no coração, mas em conexão com cada um dos nossos sentidos: um olhar, um toque, algo que ouvimos ou até mesmo um cheiro atraente nos faz pecadores assumidos e independentes.

Agora você entende o porquê que o chamado de Cristo é para que abandonemos o nosso “Eu”? e quem é o “Eu”? 

Costumo responder “sou eu” quando me são apresentadas características inerentes a minha personalidade, que define quem eu sou. Na verdade, o “Eu” é tudo o que somos. É o conjunto de tudo aquilo que nos forma e define. E Cristo ordena que abandonemos o nosso “Eu”! por que? Porque o “Eu” – o meu eu, o seu eu – está arruinado, falido, completamente depravado e inclinado para fazer o mal e somente o mal. Tão logo, ele vive – e se agrada em viver – em declarada rebeldia contra a majestade de Deus, seu Criador.

Sabendo que “do coração procede as saídas da vida” (Provérbios 4:23), entendendo que o coração está completamente falido moral e espiritualmente e concordando que o pecado não é uma influência externa, mas que faz parte do que somos e que não vem de dia em dia, mas que está aqui, a cada vez que olhamos, sentimos, pensamos ou tocamos, então chegamos ao porquê do Inferno ser necessário e porquê precisamos de um Salvador.

Mas isso, é assunto pra outra hora. Até o próximo post.
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